Quando eu disse para meu chefe que iria sair do escritório e não iria mais advogar porque não estava feliz na profissão a primeira coisa que ele disse era que eu era desperdiçada e que estava jogando fora a oportunidade que muitos sonham: Estar em um escritório como o que eu estava.
Com salário garantido. Meu pai ficou puto quando eu parei de pagar a OAB. Minha mãe ainda não tinha superado eu não ter feito medicina. Ufa! Pior foi quando falei que ia montar uma escola de idiomas em uma cidade de 10 mil habitantes com uma pessoa que conheci no pilates (@josiebrandeburgo – melhor pessoa – irmandade à primeira vista).
O fato é que queremos muito o tapinha nas costas e não ter essa validação doi. E a nossa vaidade e o ego tb entram na equação. A empresa deu super certo, mas, mais uma vez, senti vontade de fazer outra coisa. Mas não sabia o que. Fiquei perdida por quase dois anos. Afinal ainda tinha o dinheiro da venda da empresa. Mas aquilo não duraria para sempre. E, o pior, não se sentir produtiva e útil me desanimava.
A maternidade preenchia meus dias, mas não era suficiente para mim. E eu também queria a validação de todo mundo. Queria ser alguém. Mas quem? Temos mania de achar que nossa profissão nos faz alguém. A aprovação para alguém que tem um grande cargo é quase imediata. Mas, no final, todos nos sentimos solitários quando ainda não estamos bem com a gente mesmo.
Seja o juiz de direito, o médico ou até mesmo uma COACH. Não foi fácil vencer o preconceito de entrar em uma nova carreira e não ter a validação que a gente tanto deseja. Mas carrego comigo os princípios do Direito, a comunicação e empatia do professor, o jeito shark do empresário, as ferramentas do Coaching e a certeza de que a validação de que preciso é a MINHA.